Esta Segunda-feira, 27 de setembro de 2021, o enviado especial Alex Saab, que foi nomeado membro da mesa de diálogo da Venezuela, enviou a seguinte carta ao presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodriguez.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou duramente Cabo Verde pela detenção do seu diplomata, Alex Saab, a pedido dos Estados Unidos da América. Em video divulgado esta semana, Maduro voltou a afirmar que a prisão, para extradição, de Saab "é ilegítima, ilegal e desumana".
A prolongada batalha legal nos tribunais de Cabo Verde sobre a controversa extradição do diplomata Alex Saab para os EUA fez com que a maioria dos cabo-verdianos questionassem a credibilidade de seu poder judiciário e até mesmo a independência dos tribunais em relação ao governo. Pelo menos este é o resultado de uma pesquisa de opinião publicada pelo site Pangea Risk, que atribui a autoria da sondagem a Eduíno Santos.
Na sexta-feira Zhao Lijian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, rejeitou a detenção contínua do diplomata venezuelano Alex Saab e instou o governo dos Estados Unidos a cumprir as normas do direito internacional.
"A participação efectiva de Alex Saab marcaria a vontade de todas as partes e observadores externos de se abrirem ao diálogo e de explorarem soluções sustentáveis".
A Equipa de Defesa deseja recordar a todas as partes que o Tribunal Constitucional está a autorizar a extradição para um país que é abertamente politicamente hostil a Alex Saab e à Venezuela e cujos tribunais ainda não determinaram se têm sequer jurisdição. Exortamos a liderança de Cabo Verde a honrar as suas obrigações internacionais, a fazer o que é legal e moralmente correto, em vez de se submeter ao expediente político.
Alex Saab é muito mais do que aquilo que se pode dizer acerca dele, Alex é um pai, um marido, um trabalhador. É também um paciente com cancro, preso num país, sem assistência médica durante mais de um ano. Uma pessoa que, como tu e eu, merece respeito pelos seus direitos humanos. Porque estes direitos humanos universais não dependem das cores políticas, dos interesses económicos ou dos discursos dos países imperialistas que se consideram os polícias do mundo.